domingo, 2 de maio de 2010
PNEUMONIA: Fique por dentro do que acontece
Como a pneumonia1 acontece?
Estamos frequentemente expostos a bactérias e vírus que causam pneumonia1, mas nosso corpo possui defesas (tosse, espirro, flora de microorganismos que vive em nosso organismo sem causar doenças e nos protegendo, células do sistema imune, etc.) para evitar invasão e danos ao sistema respiratório12.
A pneumonia1 ocorre quando estas defesas falham e microorganismos chegam aos pulmões, causando inflamação e infecção.
A pneumonia1 bacteriana é a mais frequente, ocorrendo em aproximadamente 50% dos casos. A causa mais comum é uma bactéria13 chamada pneumococo. As pneumonias virais podem ser causadas por muitos tipos diferentes de vírus7. Ocorrem mais comumente no outono e no inverno. Elas podem ser complicadas por pneumonias bacterianas.
Como os microorganismos que causam a pneumonia chegam ao organismo?
Os microorganismos podem chegar ao pulmão por:
* Aspiração de secreções da orofaringe
* Inalação de aerossóis
* Disseminação hematogênica (através da corrente sanguínea)
* Disseminação a partir de um foco infeccioso na parede torácica, no mediastino ou no andar superior do abdome
* Reativação local
Como o diagnóstico é feito?
O diagnóstico3 de pneumonia1 é feito com a história clínica do paciente, um exame físico detalhado e a realização de uma radiografia do tórax.
A radiografia é importante para confirmar ou excluir o diagnóstico3 de pneumonia1, determinar sua extensão e localização, avaliar a gravidade ou a ocorrência de complicações e auxiliar no diagnóstico3 diferencial com outras patologias.
Nos casos mais graves, alguns exames complementares podem ser solicitados para definir melhor as condições do paciente. Geralmente são realizados hemograma, glicemia16, ureia e creatinina17, eletrólitos, proteínas18 totais, pH, gasometria arterial, sorologia para HIV19 ou exames da secreção.
Estes exames são realizados para verificar a contagem das células de defesa (leucócitos) e localizar informações que identifiquem infecção6 por vírus7, bactérias ou outros microorganismos específicos, além de estabelecer a gravidade do quadro clínico.
Para o diagnóstico do agente etiológico da pneumonia1 (o que nem sempre é possível determinar) estão disponíveis alguns exames como hemocultura, estudo microbiológico do escarro, toracocentese (quando há derrame21 pleural), aspirado transtraqueal, lavado broncoalveolar, punção transtorácica, exames sorológicos e pesquisa de antígenos urinários.
Quando visitar um médico?
Já que a pneumonia1 pode trazer riscos à saúde, o ideal é procurar um médico no início dos sintomas2. Ou seja, quando apresentar tosse persistente, dificuldade para respirar, dor torácica que piora com os movimentos respitratórios, febre8 (principalmente acima de 38,9°C, com calafrios ou sudorese9) e sempre que após um resfriado a pessoa observar uma piora dos sintomas2.
Você deve estar alerta principalmente se for idoso, fumante, ingerir bebidas alcóolicas em excesso, ter uma doença de base, estar fazendo quimioterapia22 ou usando medicação por longo período como, por exemplo, prednisona que pode prejudicar a atividade do sistema imune.
Para idosos e pessoas com doenças cardíacas a pneumonia1 pode ser uma ameaça à saúde. O médico deve ser procurado precocemente.
Como é o tratamento?
O tratamento da pneumonia varia de acordo com sua extensão, severidade dos sintomas, imunidade do indivíduo acometido e tipo de agente que está causando a doença.
* Bacteriana. Tratada com antibióticos. Mesmo que você se sinta melhor logo após o início da medicação, o tratamento não deve ser abandonado, mas continuado durante todo o tempo prescrito pelo médico. Parar com a medicação fora de hora pode fazer com que a pneumonia1 volte de forma mais grave.
* Viral. Os antibióticos não tratam pneumonias virais. Algumas delas podem responder aos antivirais, mas o tratamento geralmente recomendado é repouso e hidratação adequada, além do uso de medicações para febre8.
* Mycoplasma. O Mycoplasma pneumoniae é tratado com antibiótico. Mas a recuperação pode não ser imediata. Em alguns casos a fadiga pode continuar mesmo após o tratamento da infecção6. Os sintomas2 simulam um resfriado forte e muitas pessoas não procuram ajuda médica, não são diagnosticadas, nem recebem tratamento adequado.
* Fungos. Antifúngicos tratam as pneumonias causadas por fungos.
Muitas pneumonias podem ser tratadas em casa, mas algumas precisam de hospitalização e medicações intravenosas para ajudar na recuperação. Após um período de cerca de 3 ou 4 dias, na maioria das vezes, o tratamento pode ser completado em casa com antibióticos de uso oral.
Além do tratamento medicamentoso, o que eu posso fazer para ajudar na recuperação de uma pneumonia?
Se você está com pneumonia1, as medidas abaixo podem ajudar na recuperação mais rápida e diminuir as chances de complicações:
* Descanse. Descansar bastante pode fazer você se sentir melhor.
* Fique em casa, não vá à escola ou ao trabalho até que a temperatura volte ao normal (igual ou abaixo a 37,5°C) e você pare de expelir muco/secreções. Esta recomendação depende do quanto você está doente. Em caso de dúvida, pergunte ao seu médico.
* Hidrate-se bem, especialmente com água. A ingestão de líquidos vai ajudar na eliminação de secreções e prevenir a desidratação28.
* Tome a medicação conforme prescrição médica. Parar a medicação antes da hora pode fazer com que sua pneumonia1 volte e contribuir para o aumento da resistência bacteriana aos antibióticos disponíveis.
* Compareça à consulta de retorno. Mesmo que você esteja se sentindo bem, seus pulmões5 podem não estar completamente recuperados, por isso é importante que seu médico verifique sua evolução clínica.
Quais são as complicações de uma pneumonia?
A evolução de uma pneumonia1 depende do estado de saúde da pessoa, de quão extensa a pneumonia1 se apresenta e do agente causador da infecção6.
Podem ser complicações de uma pneumonia:
* Infecção generalizada ou septicemia. A bactéria13 causadora da pneumonia1 invade a corrente sanguínea e se espalha para outros órgãos.
* Derrame pleural. É o acúmulo de líquido entre as pleuras parietal e visceral, o que pode tornar a respiração difícil.
* Abscesso pulmonar. Cavidade contendo pus30 que se forma em área pulmonar afetada pela pneumonia1.
* Síndrome da angústia respiratória aguda. A pneumonia1 envolve grandes áreas dos pulmões, tornando a respiração difícil e privando o organismo de oxigênio.
Extraído do site: http://www.abc.med.br/p/pneumonia+em+adultos++parte+i+-53075.html
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